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Gostava de escrever grandes textos sobre certezas da vida, sobre experiencias, sobre grandes coisas filosóficas, mas não sou capaz, uso a escrita como amparo, amparo da dor, do vazio, uso a escrita como um refúgio meu, não me importanto se lêem o que escrevo ou não, uso-a porque preciso dela, é uma forma de organizar pensamentos e perceber sentimentos. É assim que sou, se tens curiosidade dá uma espreita, não te prometo que vás gostar, mas é uma escolha tua se queres arriscar :)

terça-feira, 31 de maio de 2011

ironia.

É curiosa a vida não é ?
Num dia temos tudo, temos tudo e não damos valor, e o pouco valor que damos não é suficiente, pois estamos tão seguros de tudo, tão certos que não nos vai acontecer nada até porque aliás as coisas más só acontecem aos outros...
Porém no dia seguinte, ali estamos nós, no canto de uma avenida, ou num beco sem saída, ou simplesmente rodeados de tanta gente e porém tão sozinhos, nesse momento percebemos que não temos nada, perdemos tudo.
E aí sim percebemos o verdadeiro valor, significado das pessoas/coisas.
Nesse momento abrimos os olhos, e percebemos que podiamos ter feito tanto mais, tão melhor, podiamos ter sido tão melhores, mas não o fizemos...
Sabes sinto a tua falta cada dia mais, disseste me, aliás prometeste me que isto com o tempo ia melhorar... Mas a verdade é que cada dia dói mais, cada hora, minuto e segundo, é como se ainda tudo permanecesse igual, mas o tempo passa, apesar de a dor não me abandonar, o tempo passa. Disseste me que com o tempo a dor ia diminuir, até que se ia desvanecer, e que com o tempo tudo ia passar...
Mas queres saber a realidade?
A realidade é que a dor não passa, eu é que já me acustumei a ela...
Acostumei-me a todos os dias de manhã dar um beijo no ursinho com o teu nome, acostumei-me a todas as horas do dia, quando os minutos estão no 13, a pensar nos teus olhos, acostumei-me a ler velhas mensagens que em tempos tinham outro significado, acostumei-me a procurar notícias tuas todos os dias... Acostumei-me a deixar de sentir o cheiro do teu perfume na minha pele, e na minha roupa, e acostumei-me a cada vez que me deito a beijar o fio que me deste e a beijar de novo o ursinho e a sussurar:
- "Amo-te Hugo Da Silva" ...

Mas à coisas que ainda não me acostumei, e sinceramente não me quero acostumar, porque isso provoca ainda mais dor...
Não me quero acostumar a não te poder abraçar, não me quero acostumar a não poder olhar para ti, não me quero acostumar a não te poder abraçar...
Podes pensar que estou melhor agora, mas isto dói cada dia mais, cada momento sem ti é pior... Sinto tanto a falta do teu abraço, sinto a falta de estar segura nos teus braços, sinto a falta do teu carinho, sinto a tua falta... Porque é que eu não posso fazer nada? O que é que eu posso fazer para perceberes que para mim não acabou? Para perceberes que eu estou aqui, que te amo, e que nunca vou deixar de o sentir?
O que é que eu posso dizer, ou fazer?
Tu sabes que por ti eu fazia tudo, tu sabes que tudo o que me pedires eu faço...
Sabes que te desejo todo o bem do mundo, sei que te podia, e posso fazer feliz, sei que ainda me amas, sei que não me esqueceste, sei que me queres...
Mas o que não sei, é o que fazer?
Será que é tempo que precisas para perceber?
Será que ainda temos esse tempo a perder?

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